Heinrich Hertz: o físico que fez o invisível “falar”

Heinrich Hertz (1857–1894) foi o físico alemão que comprovou, em laboratório, a existência das ondas eletromagnéticas previstas teoricamente por James Clerk Maxwell. Com isso, mostrou que luz, calor e rádio são manifestações de um mesmo fenômeno: campos elétricos e magnéticos viajando pelo espaço.
Como Hertz provou as ondas
Entre 1886 e 1888, Hertz construiu um oscilador de faíscas — dois eletrodos separados por um pequeno vão. Ao descarregar uma bobina, surgiam faíscas rápidas que geravam ondas de alta frequência. Em outra mesa, um anel receptor com uma fenda captava o sinal: sempre que o transmissor emitia, aparecia uma microfaísca no receptor, evidência direta da propagação das ondas pelo ar.
Hertz foi além: mediu comprimento de onda com refletores metálicos, observou reflexão, refração, interferência e verificou que a velocidade dessas ondas coincide com a velocidade da luz. Também notou que luz ultravioleta facilitava a faísca — um passo que mais tarde ajudaria a entender o efeito fotoelétrico.
Por que isso importa até hoje
Sem as experiências de Hertz, não haveria rádio, televisão, Wi-Fi, Bluetooth, radar e várias tecnologias sem fio. Em homenagem a ele, a unidade de frequência no Sistema Internacional se chama hertz (Hz), que mede quantas oscilações por segundo um fenômeno realiza.
Resumo: Hertz transformou uma previsão matemática em prova experimental elegante. Ao demonstrar e medir ondas eletromagnéticas, abriu o caminho para a era da comunicação sem fios e consolidou a unificação entre eletricidade, magnetismo e luz.