📺 TV de Tubo: Quando a Imagem Pesava 30kg
Antes das telas planas e dos controles por voz, havia um gigante na sala: a TV de tubo. Pesada, volumosa e barulhenta ao ligar, ela era o centro das atenções — e o símbolo de status da casa brasileira nas décadas de 80 e 90.
As televisões de tubo funcionavam com tecnologia CRT (tubo de raios catódicos). O som ao ligar — aquele “TCHUM” com um flash no meio da tela — fazia parte da experiência. E quanto maior a TV, maior o esforço para carregá-la.
Marcas como CCE, Semp Toshiba, Philco e Gradiente dominaram os lares. Modelos de 14", 20", 29" eram sonho de consumo. Quem tinha uma de 29 polegadas com som estéreo era considerado “o top da rua”.
Assistíamos programas com ruído na antena, esticávamos o “bombril” para melhorar o sinal e girávamos botões físicos com força para mudar o canal. A TV não era apenas para ver novelas — era para jogar videogame, ver o plantão da Globo e até dormir com chiado de fundo.
Com o tempo, surgiram modelos mais modernos com controle remoto, entrada para VHS e até “PIP” (picture in picture). Ainda assim, o tubo permanecia firme — e pesado. Uma queda daquelas podia derrubar até o rack.
Hoje, as TVs de tubo são raridade. Muitos viraram monitores para videogames retrô ou estão em ferro-velhos aguardando colecionadores. Mas o que ninguém esquece é o calor da TV ligada, o som grave e a luz que iluminava a sala mesmo no escuro.
As TVs de tubo eram mais que telas — eram móveis, presenças, parte da rotina e da decoração. E deixaram uma imagem gravada na memória: pesada, sim, mas cheia de alma.
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