CERNE — O Coração da Computação Brasileira
Uma viagem pela história, objetivos e legado do Centro de Estudos e Pesquisas em Computação (CERNE) e seu impacto no Brasil.

O que é o CERNE?
O CERNE (Centro de Estudos e Pesquisas em Computação) surgiu como iniciativa de pesquisadores e instituições brasileiras para fomentar pesquisa, ensino e desenvolvimento em ciência da computação no país. Seu papel foi integrar universidades, laboratórios e empresas — criando uma ponte entre a pesquisa acadêmica e as necessidades práticas do mercado e da administração pública.
Origem e contexto histórico
Nas décadas posteriores à chegada dos primeiros computadores ao Brasil, universidades e centros de pesquisa sentiram a necessidade de organizar esforços. O CERNE nasceu nesse contexto para centralizar projetos, cursos avançados e capacitação. Ele foi importante para consolidar cursos de graduação e pós-graduação e impulsionar pesquisas em algoritmos, sistemas distribuídos e inteligência artificial em solo brasileiro.
- Década de fundação: muitas iniciativas similares surgiram entre as décadas de 1970 e 1990.
- Objetivo: promover cooperação entre universidades e indústria.
- Atividades: workshops, publicações, cursos de especialização e projetos aplicados.
Contribuições relevantes
O CERNE e centros semelhantes foram responsáveis por:
- Formar gerações de cientistas da computação e engenheiros.
- Fomentar software livre e ferramentas educacionais adaptadas ao português.
- Apoiar a modernização de laboratórios universitários e incentivar a criação de start-ups de tecnologia.
Legado e curiosidades
Além da produção acadêmica, o CERNE ajudou a criar redes de colaboração nacional. Entre as curiosidades: muitos pesquisadores que iniciaram trabalhos no CERNE acabaram liderando departamentos em universidades e contribuindo com políticas públicas relacionadas à TI no país.
🔗 Leia também
O Primeiro Computador — história completa • Computadores de Bolso — da calculadora ao smartphone
O Primeiro Computador — Da Máquina de Babbage às Salas Enormes
Quem construiu o primeiro computador? A resposta depende de como você define "computador" — vamos explorar máquinas, conceitos e marcos.

Definindo "o primeiro computador"
Se entendermos "computador" como um conceito — uma máquina capaz de executar instruções e processar dados — então as raízes aparecem em dispositivos mecânicos (álgebras, ábacos) e ideias teóricas. Entre os marcos mais citados estão:
- Máquina Analítica de Charles Babbage (século XIX): um projeto mecânico programável — considerado por muitos como o primeiro design de computador programável.
- ENIAC (1945): Electronic Numerical Integrator and Computer — um dos primeiros computadores eletrônicos programáveis, construído nos EUA para cálculo militar.
- Máquinas eletromecânicas e relés: como o Colossus (Reino Unido), usado na Segunda Guerra Mundial para decifrar códigos.
ENIAC e contemporâneos
O ENIAC, concluído em 1945, tinha quase 30 toneladas de equipamentos e consumia muita energia. Era capaz de executar cálculos muito mais rápido que humanos. Logo depois vieram projetos que melhoraram arquitetura e confiabilidade — como EDVAC e EDSAC — que introduziram o conceito de armazenar programas na memória.
Como a era dos "primeiros" influenciou o futuro
A arquitetura de von Neumann (programa armazenado + memória) tornou-se padrão e influenciou o design dos computadores durante décadas. Componentes como válvulas a vácuo foram substituídos por transistores e depois por circuitos integrados, reduzindo tamanho e consumo e aumentando potência — o mesmo caminho que transformou salas enormes em microchips minúsculos.
Linha do tempo resumida
- 1830s: Charles Babbage projeta a Máquina Analítica.
- 1936: Alan Turing formaliza o conceito de máquina universal (máquina de Turing).
- 1943–1945: Colossus (decodificação) e ENIAC (cálculo) entram em operação.
- Décadas seguintes: transistores, circuitos integrados, microprocessadores.
🔗 Leia também
CERNE — O Coração da Computação Brasileira • Computadores de Bolso — da calculadora ao smartphone
Computadores de Bolso — Da Calculadora ao Smartphone
Como a potência computacional encolheu até caber no bolso: história dos pocket computers, Psion, Palm, e a transição para smartphones.

Os primeiros passos — calculadoras e PDAs
Antes de existir o termo "smartphone", as calculadoras científicas e os Personal Digital Assistants (PDAs) ocuparam o espaço de produtividade portátil. Marcas como HP e Sharp lançaram calculadoras programáveis que, em essência, eram pequenos computadores dedicados.
Nos anos 80 e 90, surgiram os primeiros "computadores de bolso" — dispositivos como o Sharp PC-1211 e o Tandy TRS-80 Model 100 ofereciam programação básica, armazenamento e tela reduzida.
Psion, Palm e a era dos PDAs
Nos anos 90, empresas como Psion e Palm revolucionaram o mercado com PDAs que traziam agenda, bloco de notas, e aplicativos básicos. O PalmPilot, por exemplo, tornou as interfaces de caneta (stylus) populares e abriu caminho para aplicações móveis mais ricas.
Do celular ao smartphone
O salto decisivo veio quando fabricantes integraram telefonia celular com recursos de PDA. O BlackBerry trouxe comunicação por e-mail portátil para profissionais; o iPhone (2007) e os aparelhos Android redefiniram o que significava ser um computador de bolso ao abrigar navegadores web completos, câmeras, GPS, e lojas de aplicativos.
Por que os pocket computers são importantes?
Além da conveniência, esses dispositivos democratizaram o acesso à informação e criaram novos mercados: aplicativos, serviços móveis e uma cultura de conectividade constante. Eles também preservam memórias afetivas — quem nunca enterrado as mãos num Nokia 3310 ou programado na tela pequena de um Palm?
🔗 Leia também
O Primeiro Computador — história completa • CERNE — O Coração da Computação Brasileira
Nenhum comentário:
Postar um comentário